Então vejamos:
Com exceção do (b, p, f, v, t, d) digo que as demais letras não representam apenas um som.
Me acompanhe:
B está entre as letras citadas acima
C tem som de k, Casa, cavalo não tem som de C o c com a devia ser sa
D ente as letras citadas acima
E tem som de ê de é e i, sorveti, pense, picolé
F letra citada acima
G som G com A não forma JA, forma GA de GATO de GAIOLA
H não tem som, é mudo o H algumas crianças grafam assim o H e o A HATO (GATO)
I muitas vezes se diz I mas se escreve É já foi dito, escreve (sorvete) fala (sorveti)
J o J e o A faz JA mas e o J e o E faz JE e o G e o E, GE e aí como escreve gelo e jegue.
L com A LA de lata más o L pode ser U em PAPEL
O pode ser ô ou U lê-se U gato fugiu
Q, Q com A KA de kabeça, como se escreve cabeça não é como casa, como se escreve casa?
R ai a coisa complica, vejamos: RATO, ARARA, CARRO, CARO, MAR quantos sons tem o r?
S e A faz SA, de CASA, de PASSADO, CANSADO, de ASSADO ou de SAPATO e SAPO.
T citado acima.
U já foi citado, U ou O, é PATU ou é PATO.
X ai novamente fica mais complicado o x tem som de x, ou z, ou s, ou de ch,
Z tem de que de z, por EXEMPLO tem som de z e escreve com x.
- Pois é , e o mais engraçado colegas e que as letras citadas acima no parênteses não estão fora da vilânia do sistema escrito (b, p, f, v, t, d). Tem o mesmo ponto de articulação na boca e quando a criança vai falar, ele pode confundir e trocar as letras e assim poderá grafar v em vez f, ou seja, volha para folha, isso ainda me fez lembrar os dígrafos nh, lh, etc...
Sei que qualquer profissional de linguística ou letras que tenha conhecimento maior em linguística vai encontrar falhas nesse meu discurso. Bem, eu sou pedagoga e alfabetizadora as questão levantadas acima são produtos de vivência, das dúvidas dos alunos na construção dos seus escritos, não de um estudo formal, ainda estou construindo esse conhecimento.
Bom o fato é que nem toda letra representa um único fonema, pois uma mesma letra pode ser representada por vários sons e um mesmo som pode ser representado por letras diferentes , não e bom que o aluno vá construir o seu conhecimento baseado-se em hipóteses erradas, e ele só vai descobrir essas questões sobre a escrita escrevendo e lendo seus escritos. Só se aprende lê lendo e escrever escrevendo. Também não estou dizendo que o aluno vá construir todo esse conhecimento sobre a escrita na alfabetização.
O que foi dito acima em outras palavras, pede a des-construção de um saber que se mostra desatualizado. E desconstruir não significa simplesmente destruir. Pelo contrário, é desfazendo que encontramos novamente o solo fértil de onde podem brotar soluções mais adaptadas e criativas. Desconstruir implica entender que, às vezes, antes de dar dois passos para frente, é preciso dar um para trás. É como na história do garoto que, passando diante de uma casa que estava sendo demolida, gritou exultante para a mãe: "Olha, estão construindo um terreno!".